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Howler, banda que é considerada os “novos Strokes”, toca hoje em Porto Alegre e amanhã em São Paulo.
Howler, banda que é considerada os “novos Strokes”, toca hoje em Porto Alegre e amanhã em São Paulo.
Grupo de Minneapolis e atual sensação do rock mundial, o Howler, toca hoje no Beco (Av. Independência, 963) e amanhã (domingo - 26/02) no Beco de São Paulo.
"O rock moderno, ao menos para os fãs e críticos musicais que adoram rotular tudo o que aparece, se divide em duas fases: antes de 2001 e depois de 2001, ou seja, antes e depois dos Strokes. Após o surgimento da banda nova-iorquina, que estourou no começo da década passada como promessa de salvação do rock, nenhum outro grupo garageiro escapou do título de “novos Strokes”. Alguns destes, como Arctic Monkeys e The Killers, conseguiram provar que podiam fazer bem mais do simplesmente carregar o “legado” de outra banda, já outros desapareceram no limbo musical. E, assim como a banda inglesa The Vaccines foi os “novos Strokes” de 2011, o Howler, grupo americano que toca neste sábado em Porto Alegre e domingo em São Paulo, tem tudo para ser os de 2012.
Mas quem são eles? O vocalista Jordan Gatesmith explica: “O Howler é composto por um bando de caras de Minneapolis, Estados Unidos, que passaram tempo demais na Grã-Bretanha. Tempo suficiente para achar apropriado ser completamente formal e usar certas expressões inglesas em entrevistas”, afirma o músico, eleito uma das pessoas mais “cool” de 2011 pela revista inglesa de música NME. O título ele nem imaginava receber quando montou a banda, um ano antes, com o colega Daniel Hupp, que não integra mais o line-up. Hoje, Gatesmith faz piada com o rótulo dado pela publicação: “Ele é um ser humano terrível, mas é realmente muito ‘cool’”, ri, enquanto fala de si mesmo na terceira pessoa.
Além do som punk rock sujinho feito pela banda, exatamente como o que é tocado pelos Strokes, o bom humor e a ironia dos integrantes do Howler também levantam comparações com os “primos” de Nova York. Pudera. Entre suas influências, Gatesmith cita, novamente em tom de brincadeira, “revistas pornôs e meias”, mas deixa escapar o nome do músico Lou Reed, ex-líder do Velvet Underground, justamente o artista favorito de Julian Casablancas, vocalista dos Strokes. Tanta semelhança causa incômodo nas primeiras audições, mas os garotos de Minneapolis conseguem transformar os clichês em boas músicas – um pouco como o Vaccines também faz. A receita para o sucesso será dosar todos esses ingredientes sem perder o bom humor."
Matéria de Carol Nogueira - revista Veja, São Paulo.
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