Renato Russo Sinfônico - um tributo que virou uma piada. De muito mau gosto

Renato Russo Sinfônico - um tributo que virou uma piada. De muito mau gosto



Renato Russo 'reaparece' no palco em projeção estranha.

Em junho de 1988, Renato Russo, e sua Legião Urbana, fazia uma apresentação quase bizarra e o público começou a estranhar. Fãs subiam ao palco, alguns até abraçaram o cantor, rojões eram lançadas na plateia, e objetos eram arremessados no palco.

Mas foi a ação da polícia que acabou levando Russo a um de seus discursos mais contundentes, nesse mesmo estádio Mané Garrincha que ainda nem sonhava com Copa.

A banda abandonou o espetáculo, se seguiu um terrível quebra-quebra e Renato Russo prometeu não fazer mais nenhum show na cidade. Como de fato aconteceu.

25 anos depois, Russo foi celebrado num show múltiplo no último sábado em Brasília, com vários artistas, pela Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, uma banda fazendo a parte do Legião (baixo, guitarra e bateria) e... um holograma criado pela mesma equipe que "ressuscitou" o rapper Tupac Shakur no ano passado, trazendo-o ao palco - em 3d.

O veterano Jerry Adriani, levantou a multidão ao mostrar, em "Tempo Perdido", que ele e Renato tinham o mesmo timbre de voz. Ele foi o que chegou mais perto do ídolo.

"Renato Russo Sinfônico" foi criado pelo filho do cantor, Giuliano Manfredini. Os outros membros do Legião não foram convidados, no caso de Dado Villa-Lobos, ou recusaram o convite, caso do baterista Marcelo Bonfá.

Houve um buraco de tempo a partir da quarta música, causado por problemas técnicos, e a plateia ficou impaciente -mas não tão impaciente e feroz como naquela ocasião em que disparou o último discurso de Russo no Mané Garrincha.

A parte chata ficou para os discursos óbvios dos apresentadores e de alguns dos artistas, surfando na onda das manifestações recentes.

Lobão não precisou discursar, porque escolheu uma música suficientemente contundente: "Perfeição", que realça a faceta mais messiânica de Russo. A plateia adorou, mesmo sem discurso.

Curioso como as músicas de Russo continuam familiares, passando por gerações com a maior naturalidade.


E Brasília, a mesma Brasília que protagonizou o maior baixo-astral da carreira do Legião, eletrizada pelos protestos das últimas semanas, recebeu o filho pródigo de braços abertos -em forma de um holograma meio sem graça.

— Como Brasília não tem futebol, é uma boa ideia aproveitar o estádio novo para fazer shows de padrão internacional, que nunca acontecem por aqui. O show está muito legal. Valeu o dinheirão que gastaram para reformar o Mané Garrincha — opinou Maruan Abuchain, empresário de 49 anos que estava ali com o cunhado.


mas andes

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5 comentários

Assisti ao mal organizado tributo sábado a noite em duas partes, na primeira com as falhas e a segunda completa, quando começou com fábrica me empolguei, pensei que ia ser um showzaço, banda entrosada, daí quando me entra no palco a Sandra de Sá eu pensei lá vem bucha e não deu outra, desafinou, cantou errado e deu os famosos gritos sarará criolo que é típico dela, fraquíssima, dispensável do elenco, vou discordar da redação da matéria com relação ao Jerry Adriani, não gostei da performance de tempo perdido, para falar a verdade quem salvou a noite foi a Zélia Duncan, a menina que cantou teatro dos vampiros, a garota que tocou violino e o Lobão, a Ivete teve tempo de sobra para decorar a letra e poderia ter muito bem disfarçado a leitura no prompter, a voz da Fernanda Takai quase sempre inaudível mais uma vez sumiu numa das mais lindas canções da legião, o cara que cantou ainda é cedo fez muita festa para uma música que fala de rompimento de relação, muitos gestos com os braços para uma plateia, o cara que cantou soldados me fez participar do momento "vamos ver o que está passando em outro canal", e no final apoteótico adivinham o que cantaram em uníssono? o que o que o que? É óbvio... será, só faltou a Carolina Dieckman e a Preta Gil para completar o coro, daí me trazem ao palco Renato Rocha para um final trágico, com o Fred Nascimento errando a letra de que país é esse, e de vez em quando o Negrete cantando, acho que nessa hora as cinzas do Renato evaporaram, se apenas deixassem o público cantar ou trouxessem um outro artista para fazer um meio de campo, mas nem isso... lamentável, mais sorte da próxima vez Giuliano, a intenção foi maravilhosa, mas o resultado....

Obrigadão, amigo, pelo post. Bem se vê que, além de crítico, tens conhecimento de causa. Como nós, reverencia o grande Russo na medida certa. Valeu mesmo.

Pano de Banda, meu nome é Lucas, acabei esquecendo de assinar meu post, um abraço à todos. Legião sempre.

Valeu Lucas. Manda teu e-mail e nos segue no Facebook.Vamos trocar ideias sobre Legiões, etc. Forte abraço.

saculmachado@hotmail.com

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