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“Metendo o Pé na Lama” , de Cid Castro, conta como começou o Rock In Rio.
“Metendo o Pé na Lama” , de Cid Castro, conta como começou o Rock In Rio.
Em tom autobiográfico e com muito bom humor, Cid Castro relata em “Metendo o Pé na Lama” (Scortecci Editora) o tortuoso caminho para a concretização do projeto Rock In Rio. Cid foi ninguém menos que o criador da logomarca do festival, quando ainda era um jovem assistente na Artplan, uma das maiores agências de publicidade do país, comandada por Roberto Medina, o idealizador do evento. O autor mostra, principalmente para as gerações mais novas, que a primeira edição do Rock In Rio deixou um enorme prejuízo para os organizadores, apesar do sucesso total de público. Problemas não faltaram durante a maratona de dez noites de shows, sem contar que, por pouco, o festival não foi abortado devido a um embargo (por motivações políticas) às obras da Cidade do Rock pelo governo fluminense. Até Nostradamus (!) havia entrado na história e parecia prever o pior... Obviamente, o título não faz alusão apenas às dificuldades descritas acima, mas também à glória de quem presenciou um acontecimento talvez comparável somente ao primeiro Woodstock. Mesmo debaixo de chuva e com lama até as canelas, os mais de 1 milhão de pessoas que ali estiveram levaram às últimas consequências a filosofia sexo, drogas e rock’n’roll. Para essa audiência tocaram Whitesnake, Queen, Rita Lee, Iron Maiden, Barão Vermelho (ainda com Cazuza), Blitz, Paralamas do Sucesso, AC/DC, Ozzy Osbourne, Yes, B-52s, Scorpions, entre outros. Porém, são as revelações dos bastidores que rendem os melhores momentos do livro: os trambiques para vender os óculos oficiais do evento; as aulas de rock para publicitários; os ataques de estrelismo de Freddie Mercury e Rod Stewart; e o verdadeiro motivo do “boicote” ao som das atrações nacionais. Sem compromisso de ser uma obra definitiva sobre um dos momentos mais emblemáticos do show business tupiniquim, “Metendo o Pé na Lama” é, antes de tudo, um divertido retrato de uma época em que tudo parecia mais difícil, porém mais verdadeiro e empolgante. Também deveria ser leitura obrigatória para aventureiros “171” que acham que um grande festival se faz da noite para o dia. Por Genilson Alves/SP
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